O ano era 1899. Meu bisavô, avô do meu pai, produzia suas primeiras peças em madeira, em Timbó, Santa Catarina, uma região hoje conhecida como Vale Europeu. Cresci nesse ambiente “cheirando cavaco”, como costumo dizer. 

 

 

Meu pai é um marceneiro daqueles que aprendeu a desenhar móveis na prancheta, com lápis 2B e papel manteiga. Aos 77 anos e já aposentado, ele ainda mantém uma pequena marcenaria em casa, onde produz boa parte das nossas peças. E minha mãe, hoje com 76 anos, é quem comanda o atelier de pintura e acabamentos.

 

 

A ideia de lançar a FEITONÓ surgiu pela observação do trabalho dos meus pais e também ao perceber a minha reação toda vez que entrava em uma marcenaria. Aquele cheiro de madeira... chego a fechar os olhos! Muitas vezes é apenas uma "tábua velha", deixada de lado, toda empoeirada... mas basta um "carinho"na peça e... surpresa! Veios únicos, cheiros, cores, texturas... um espetáculo da natureza! 

 

 

Ao mesmo tempo em que é um novo projeto, a FEITONÓ também é um retorno, uma forma de continuar, de resgatar, de preservar, de pensar. 

 

Acreditamos que a perfeição da vida está justamente em compreendermos que somos imperfeitos e que há beleza nisso. 

 

Somos FEITOMEMÓRIA 

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